Marcelo Veloso

CIÚME SIM, SINDROME DE OTELO, NÃO!

A ideia fixa de uma falsa prudência,

intensifica o delírio pelo demérito,

e o infactível se torna o espelho da derrota,

colocando em cisma qualquer ato aparente.

O ilusório gera uma consequência,

sufocado por um arguente inquérito,

onde a intriga perene, logo, conota,

dando uma resposta viesada e fremente.

 

O que contamina o ser humano,

é a vaidade, o orgulho e a sisudez,

causando um transtorno repugnante,

criado por um mundo paralelo,

que se torna estridente e leviano,

impondo uma brutal insensatez,

com um exponencial delirante,

personificada pela Síndrome de Otelo.

 

E diante de tamanha imperfeição,

há todo um registro doentio,

que se expõe sem lucidez nenhuma,

fazendo rabiscos no cotidiano.

Ao provocar um buraco no coração,

e com um impulsionar frio,

injeta uma tratativa túrbida e bruma,

pela ciúme excessivo e insano.

 

E, entre o não e o sim,

a resposta é com uma flecha,

que tira o hábito do respeito,

e joga fora toda a retidão,

criando um esgoto sem fim,

onde penaliza com a pecha,

de que não há mais direito,

nem de se sentir compaixão.

 

A baixa autoestima então ascende,

dando mostras de compulsão,

e o domínio se torna revoltoso,

que até a raiva e a culpa se espalham.

A traição é uma faísca que acende,

permitindo brotar a possessão,

deixando o relacionamento tão iroso,

onde a vergonha e a violência se agasalham.

 

O desejo de cura é sinérgico,

e passa pela sintonia do aceite,

ao esboçar a busca condizente,

para uma acondicionar sensorial,

não tendo um entendimento cético,

que sirva de mero deleite,

gerando sentimento ambivalente,

quebrando toda regra profissional.

 

Assim, a solução pode bem ocorrer,

ainda que no mais aturdido ponto,

em que o relacionamento esteja,

e na esperança que o coração produz.

O individualismo deixará de ser,

uma simples semente de confronto,

para ser a verdade que enseja,

numa união abençoado por Jesus.

 

Então, o ciúme bom e pacífico,

será um conjugar de afinidades,

gerando conforto e segurança,

no mais arraigado conviver.

O competir terá um limiar magnífico,

a ser ganho pela aprazível interatividade,

dando a vitória como bonança,

e o “amar com amor”, como melhor proceder.

  • Autor: Marcelo Veloso (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de Agosto de 2023 12:18
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 4


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