A ideia fixa de uma falsa prudência,
intensifica o delírio pelo demérito,
e o infactível se torna o espelho da derrota,
colocando em cisma qualquer ato aparente.
O ilusório gera uma consequência,
sufocado por um arguente inquérito,
onde a intriga perene, logo, conota,
dando uma resposta viesada e fremente.
O que contamina o ser humano,
é a vaidade, o orgulho e a sisudez,
causando um transtorno repugnante,
criado por um mundo paralelo,
que se torna estridente e leviano,
impondo uma brutal insensatez,
com um exponencial delirante,
personificada pela Síndrome de Otelo.
E diante de tamanha imperfeição,
há todo um registro doentio,
que se expõe sem lucidez nenhuma,
fazendo rabiscos no cotidiano.
Ao provocar um buraco no coração,
e com um impulsionar frio,
injeta uma tratativa túrbida e bruma,
pela ciúme excessivo e insano.
E, entre o não e o sim,
a resposta é com uma flecha,
que tira o hábito do respeito,
e joga fora toda a retidão,
criando um esgoto sem fim,
onde penaliza com a pecha,
de que não há mais direito,
nem de se sentir compaixão.
A baixa autoestima então ascende,
dando mostras de compulsão,
e o domínio se torna revoltoso,
que até a raiva e a culpa se espalham.
A traição é uma faísca que acende,
permitindo brotar a possessão,
deixando o relacionamento tão iroso,
onde a vergonha e a violência se agasalham.
O desejo de cura é sinérgico,
e passa pela sintonia do aceite,
ao esboçar a busca condizente,
para uma acondicionar sensorial,
não tendo um entendimento cético,
que sirva de mero deleite,
gerando sentimento ambivalente,
quebrando toda regra profissional.
Assim, a solução pode bem ocorrer,
ainda que no mais aturdido ponto,
em que o relacionamento esteja,
e na esperança que o coração produz.
O individualismo deixará de ser,
uma simples semente de confronto,
para ser a verdade que enseja,
numa união abençoado por Jesus.
Então, o ciúme bom e pacífico,
será um conjugar de afinidades,
gerando conforto e segurança,
no mais arraigado conviver.
O competir terá um limiar magnífico,
a ser ganho pela aprazível interatividade,
dando a vitória como bonança,
e o “amar com amor”, como melhor proceder.
- Autor: Marcelo Veloso ( Offline)
- Publicado: 10 de agosto de 2023 12:18
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
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