Já vi de tudo,
do casco ao tombadilho,
do céu, à terra,
tudo espelha seu rosto,
tudo diz de você,
do começo ao fim;
e já vi de tudo,
seu espírito mais brando,
que é sorvido no cálice de
cristal, alinhado de flores.
Vitória dos poucos,
lembrança dos vagos!
Já vi o mar e as
areias rainhas,
vi
o céu
e também
rezei as
ladainhas!
Vi homens lutando por migalhas de
pão.
Vi o mundo girar ao contrário
como uma gude atrapalhada!
Infeliz vitória de
um homem que um dia
achou que era só
e foi descobrir que o eu
só não existe.
Existe a distância e reta
- meu bom senhor -
mais tudo dá sua volta,
igual a flores relegadas!
Mas neste jogo
nada têm volta.
E se volta tiver,
aguada que seja,
quero ser seu par
de olhos e
amaciar sua mão branda,
e resfolegar igual a
uma rainha,
envolta e sossegada,
em mil
saias de chegadas!
- Autor: Jose Kappel ( Offline)
- Publicado: 2 de agosto de 2023 05:43
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.