As vezes, me sinto num poço
Onde de lá só escuto gritos e socos
Talvez, seja eu
Escondida bem dentro de mim
Eu sempre espero o pior
-Confesso.
Confesso que me imaginei em um lugar melhor
Mas, ele nunca chegou
Sinto um poço em minha alma
Me sinto e me sinto deprimida
À deriva
Sem norte
Sem vida
As vezes, só às vezes me imagino com uma corda no pescoço
Me jogando da ponte
Com uma grande pedra no pescoço
Estou deprimida
Estou perdida
Perdida à deriva
Completamente perdida
Não me encontro
Perdida em meio às pedras do labirinto que é a minha alma
Pedaços e partículas
Sou uma ilha à deriva
Quanto mais eu rezo menos os anjos me escutam
E eu sempre beijo o terço
Todo o santo dia
E todos os dias
Não consigo ser feliz
-
Autor:
Fenix (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 1 de agosto de 2023 01:10
- Categoria: Espiritual
- Visualizações: 10
Offline)
Comentários2
belo poema!
Obrigada! 🙂
SERGIO NEVES - ...minha amiga...,...vais dos Céus às profundezas assim, num célere "vapt-vupt"!? ...depois daquele alucinante "Precioso" vens com esse angustiante "Pedra no pescoço"? ...hoje tu dizes beijar o "terço", enquanto antes beijavas o terço, o quarto, o quinto,... / ...apesar de ser esse um escrito literariamente bem elaborado e sentido, tu és mais tu quando mais "fogosa" -podemos dizer assim...,...mas, repito, ainda assim estão muito bem escritos esses teus versos,...o objetivo da "comoção" foi sentidamente alcançado... /// Meu carinho.
Obrigada! É... Eu realmente vou do fogo ao gelo bem rapidamente. Kkk
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