Capítulo I: Depois do epílogo

A lareira devora o meu passado
Páginas marcadas com os últimos
desfechos da minha vida foram lançadas
ao sacrifício de fogo

Agora, criarei novas histórias com as
cinzas remanescentes daquilo que já passou
Nenhum ponto final jamais sentenciará
os meus sonhos ao livro do esquecimento
Eu estou tomando de volta o poder da escrita

Isso é apenas o começo

Do nocivo luxo dos conformados,
eu quero mais é distância!
O conforto é um bloqueio à criatividade,
e a criatividade é a luz indicando a saída
do labirinto mental imaginado por nós mesmos

Então, viva a inquietação!
Bendito seja o desconforto!
Pois o descontentamento é o pai da inspiração,
e somente quando escolhemos, por vontade própria,
reescrever os meandros do nosso mito pessoal é que
alcançamos patamares inimagináveis