Mas nem por isso,
nem pelo vestal,
ou pela vaga reza
nem por um minuto sequer,
deixei de chamar
pelo nome dela.
Nem por um minuto.
Deixei de querer
aquela mulher de
apenas um quarto
e doze vidas de amor.
Mas lá pelas tantas,
dessas que ocorrem sem
querer,
soube eu,com ardor,
fardado de bom, e risonho,
que ela tinha de me deixar,
enquanto, no fundo,
tocavam a marcha dos falidos.
Triste sina,
desta vida dura de
entender
e que pouco ensina!
Não sou de ferro,
nem de pérolas,
sou o que pareço ser: um erro
Sou metade de tudo
pura fantasia,
sou a hora dos poucos!
E naquela tarde
fiquei entre o branco e o nada.
que se misturam numa dor do vazio.
Pensava: que mundo é esse,
que perco até no laço?
Mas nem por isso vou deixar
de carregá-la em meus braços.
Não aqui, mas num
lugar bem perto,
perto do céu,
onde não nem se tira fatura
pra mulher escorregadia.
Bem longe, perto do céu,
onde estão os calados,
que elevam seu espírito
e se confortam com o beijo
da mulher amada!
E nisso tudo, perdi,
a ida, a volta, o regresso
e de malas vazias,
enquanto tocavam o realejo.
- Autor: Jose Kappel ( Offline)
- Publicado: 30 de julho de 2023 06:48
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
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