Charles Araújo

QUEM MORRE NO SÁBADO ENTERRA NO DIA SUBSEQUENTE

Deu um Último suspiro revirou os olhos 
E Partiu dessa para a melhor 
Ninguém sabe como nem por que razão.
Mas foi encontrada inerte no chão!!!
Mas todos atônitos recebiam a notícia ao som destoante e desafinado do galo Teobaldo.
Loucura, loucura , loucura !
Morreu a cabra  risoleta numa noite de sábado fria e escura...
Como assim ?
Mas nem apresentava vestígio de estar doente, falou Marciano o leitão.
Oxe!!!!
Um único requisito para  morrer e está vivo, disse 
Nicanor o burro empacador!!!
Caco o macaco já foi logo dizendo: o próximo da lista é o Arquibaldo, o cavalo cansado .
ouvir dizer que ele anda meu desgostoso da vida.
mas também pudera né, vive a trabalhar dez horas por dia e a muito não tira férias, retrucou Sara a maritaca!
Clodovil o raposo  metido a pastor já foi logo chegando, e já queria fazer a reza de corpo presente, mas Tonho Alves o tatu bola disse:
É melhor esperar o doutor Bob Nelson para confirmar o óbito.
Mas Bob Nelson o cachorro estava de férias , 
e já passou a missão para a dona matilde a cutia.
Mas a discussão já estava formada, e ninguém chegava a uma conclusão,se já estava realmente morta e a causa da morte.
E no meio de tantas hipóteses,Carabela a coelha foi logo dizendo que Risoleta morreu por que a morte veio lhe buscar, eu mesmo a vi correr feito uma louca essa manhã, gritando e fazendo baderna:
–correm que agora vem ela, e que nós todas degoladas  trajando seu avental preto e sua foice amolada!!!
Bicharadas seguram os pés, que a sorte está lançada, a arca de Noé fechou as portas e agora é um salve se quem puder…
No final da história o prejuízo ficou com Romualdo, o gato coveiro, que em pleno domingo  não assistiu o jogo de seu time , pois teve que fazer o enterro…

 

C.Araujo

  • Autor: C.araujo (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 24 de Julho de 2023 22:41
  • Comentário do autor sobre o poema: Comecei escrever e do nada saiu esse conto!! Só tinha o título na cabeça
  • Categoria: Conto
  • Visualizações: 4


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.