A véspera de seu início
eu já me encontrava à espera
das esquinas duvidosas,
rodeado de pós e
maqueadoras de sonhos.
Era a véspera do meu deserto,
onde se vive sozinho como arenito,
e se sonha milagres em oásis
de terra fértil!
E a vida costuma passar de repente,
mas o corpo alheia sementes,
e a terra encolhe e se expande.
É quando vesga do céu
a primeira colheita dos homens
Sou despovoado
do vento carmelito,
não me herdaram
terreno fértil,
e
ao contrário,
povoaram-me de grânulos
de pedras erosadas.
E você, mesmo de longe,
nunca chegou no tempo certo,
nunca tentou dedar a minha luz,
com o apanágio,
de sua força nata,
com suas mãos de pedras
áticas - igual a uma hebréia
santificada .
Era a vez do meu deserto,
era a véspera de estar sempre
perto de minha solidão.Dois ventos pra lá,
uma tempestade de grãos
pra cá!
É quando tudo fenece,
é quando, no final,
alguém abre um porta do vento,
e eu fecho a porta de minha vida!
- Autor: Jose Kappel ( Offline)
- Publicado: 20 de julho de 2023 07:06
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
Comentários1
Interessante, enigmático e de elegante escrita!
Gostei!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.