Alguém vai embora,
fica a lembrança,
a imagem,
que a vista nem alcança.
Há toda uma saudade,
um reconhecer de ausência,
a falta,
que se traduz em resiliência.
A despedida é doída,
é muito sentida,
há todo um universo vazio.
Resta aos olhos o choro,
única saída,
pr’o consolo um tanto frio.
Está faltando alguém,
fica o desalento,
o vácuo,
que leva ao assentimento.
Há toda uma consternação,
um buscar de resposta,
o elucidar,
que ao pranto se acosta.
A separação é dolorosa,
é fragmentada,
há toda uma alteração combalida.
Coloca nas mãos decisões fortes,
novos rumos,
pr’uma caminhada a ser cumprida.
Alguém não mais presente,
fica a referência,
a recordação,
que move à resistência.
Há todo um reconforto,
uma realidade em provação,
o testemunho,
que se mostra em comunhão.
A partida é sofrível,
é acachapante,
há todo um espaço silencioso.
Sobra ao coração a entrega,
último momento,
Pr’um resignar tão piedoso.
Alguém foi para Deus,
fica a misericórdia,
a compreensão,
que leva à concórdia.
Há todo um regozijo,
um reunir de generosidade,
a consolação,
que se molda de paz e serenidade.
O adeus é conformativo,
é sacramental,
há toda uma manifestação de luz.
Providencia ao tempo um abrandar,
plenitude da alma,
p’ra aceitar o amor de Jesus.
- Autor: Marcelo Veloso ( Offline)
- Publicado: 18 de julho de 2023 16:23
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 2
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