Marcelo Veloso

PARTIDA

Alguém vai embora,

fica a lembrança,

a imagem,

que a vista nem alcança.

Há toda uma saudade,

um reconhecer de ausência,

a falta,

que se traduz em resiliência.

 

A despedida é doída,

é muito sentida,

há todo um universo vazio.

Resta aos olhos o choro,

única saída,

pr’o consolo um tanto frio.

 

Está faltando alguém,

fica o desalento,

o vácuo,

que leva ao assentimento.

Há toda uma consternação,

um buscar de resposta,

o elucidar,

que ao pranto se acosta.

 

A separação é dolorosa,

é fragmentada,

há toda uma alteração combalida.

Coloca nas mãos decisões fortes,

novos rumos,

pr’uma caminhada a ser cumprida.

 

Alguém não mais presente,

fica a referência,

a recordação,

que move à resistência.

Há todo um reconforto,

uma realidade em provação,

o testemunho,

que se mostra em comunhão.

 

A partida é sofrível,

é acachapante,

há todo um espaço silencioso.

Sobra ao coração a entrega,

último momento,

Pr’um resignar tão piedoso.

 

Alguém foi para Deus,

fica a misericórdia,

a compreensão,

que leva à concórdia.

Há todo um regozijo,

um reunir de generosidade,

a consolação,

que se molda de paz e serenidade.

 

O adeus é conformativo,

é sacramental,

há toda uma manifestação de luz.

Providencia ao tempo um abrandar,

plenitude da alma,

p’ra aceitar o amor de Jesus.

  • Autor: Marcelo Veloso (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de Julho de 2023 16:23
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 2


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