De volta aos velhos hábitos.

Aos velhos pensamentos, que na verdade, sempre foram bem atuais.

 

Me olho no espelho.

Tento me encontrar, não sou essa que vejo no relexo. 

 

Mergulho em meio ao mar de pensamentos que me inundam. Nado, nado e nado. Mas não me encontro.

 

Passando tempo demais no banho.

Sentada no chão, embaixo do chuveiro. Esperando que a água que cai, além de lavar por fora, lave por dentro.

 

Sangue, sangue transborda em minha pele.

A cada corte feito, o sangue transborda

Cada vez mais fundo

Cada vez mais doloroso

Por que faço isso?

Punição. 

Por sentir demais, pensar demais. 

Ir e não voltar mais.

 

Coragem, às vezes desejo coragem.

Coragem para ver a luz no final do túnel.

Pagar pra ver o que acontece.

 

Atenção, não, eu não quero atenção.

Palavras bonitas e falso otimismo já não me servem mais. Não me confortam mais.

 

Mal sabem o que, por trás de um sorriso, acontece.

 

Vazio.

Um imenso vazio.

As vezes cheio, mas quase sempre, vazio.