Todos nós somos poetas,
Sem versos, sem rimas, sem metáforas.
Dizemos a verdade de quem somos,
Vemos tudo perfeitamente imperfeito, como de fato é.
Para nós, as ruas são de pedras ou terras;
A lua é só um lindo satélite que orbita a terra,
As dores doem sem nenhuma beleza ,
E amores são inquietos,impacientes e bons.
Sentimos raiva, naturalmente,
As vezes temos vontade de sumir,
Andando sem destino até esfolar os pés,
Mais isto passa rápido...aínda bem.
Sabemos de todos os nossos defeitos,
Em nós não há véu algum,
Guardamos os segredos ... mas
Somente aqueles que ninguém mais pode saber...
Morremos de nossos medos , a cada dia um pouco.
Na medida exata que vivemos da nossa coragem,
E cada dia é esta luta inglória e gloriosa,
Que um dia certamente,terá um fim.
Vemos jardins e flores na primavera,
Gostamos delas e dos pássaros que as beijam,
E temos invejam deles que voam,
Queremos ser como eles , sendo quem somos.
Sendo quem somos , estamos sempre querendo ser, outras coisas...
Nos amando e nos odiando sem entender bem esta magia,
O nada e o tudo , que temos em nós
Talvez porque somos uma minúscula, parte de tudo que há no universo.
Mas o surreal mesmo, é quando falamos as vezes,
Nos desfazendo em falsas palavras,
Nos embriagando de mentiras absurdas,
E nos escondendo atrás dos monstros que criamos de nós.
Sonho com o dia, que vamos derrubar os mitos,
Para sermos especiais , como sabemos que somos,
Sem andar pela escuridão da aparência
E pisar no paraísos dos seres livres.
Antonio Olivio
- Autor: Antonio Olivio (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 13 de julho de 2023 23:30
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
Comentários2
Que bom viajar na estrado de teu auto_ conhecimento. Viajante abismada, fui ficando cada vez mais encantada por descobrir'te nesta jornada poética. Estava já eu tão saudosa de provar do néctar tão singular de teus poemas que tanto né encantam. Aplausos de pé!
Muito bom,
Antonio Olivio!
Parabéns!
O poeta
sente tudo ao triplo.
Vê o que
ninguém
enxerga.
Mas não tem
nada de ingênuo,
muito menos
de alienado.
Palmas, poeta!
Boa noite!
Carinhoso abraço,
Lia
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