O aprendiz

O vinho de Hebe


Aviso de ausência de O aprendiz
NO

 

Quando do Olimpo nos festins surgia
Hebe risonha, os deuses majestosos
Os copos estendiam-lhe, ruidosos,
E ela, passando, os copos lhes enchia...

A Mocidade, assim, na rubra orgia
Da vida, alegre e pródiga de gozos,
Passa por nós, e nós também, sequiosos,
Nossa taça estendemos-lhe, vazia...

E o vinho do prazer em nossa taça
Verte-nos ela, verte-nos e passa...
Passa, e não torna atrás o seu caminho.

Nós chamamo-la em vão; em nossos lábios
Restam apenas tímidos ressábios,
Como recordações daquele vinho.

Raimundo Correia

1859 - 1911

 

 

  • Autor: O Aprendiz (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 8 de Julho de 2023 09:21
  • Comentário do autor sobre o poema: Dando sequência as homenagens que estou realizando neste site aos grandes poetas, abro espaço para Raimundo Correia, poeta parnasiano e compartilho com os poetas de Meuladopoetico um de seus poemas, intitulado " O vinho de Hebe ". Maranhense de nascimento e Juiz de direito por formação, Raimundo formou com Olavo Bilac e Alberto de Oliveira a que ficou conhecida como a tríade Parnasiana. Em O vinho de Hebe Raimundo nos convida à uma reflexão sobre nossa juventude.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 1


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.