Não sei mais o que deixar
de lembranças e desencantos:
mas o melhor do meu reinado
seria relaxar.
Mas tenho que depositar
algo - volúvel ou prático -
antes de sair a andar.
Uns dizem:
deixe as botas,
outros, não,
deixe um senão,
uma parte do coração,
ou venda suas coisas em lote.
A bem da verdade,
se é que alguém
se importa
em não ter ninguém,
faço fila
na sala de espera
e só levo porém,
mais aguardo
sem desagravo,
onde tudo é esperar.
Só dizem: fique atento:
o próximo a petular o céu
pode ser você,
sem nenhum alento!
Já que a história é
essa, preparo minhas
coisas e fico de
prontidão no colo dela,
cheio de glória!
Quando a voz escura
aparecer, já sei!
Minha hora chegou
igual a uma escuna.
Então lá vou eu ao léu,
pro mar sem peixe;
e se alguém perguntar
digam que fui,
de traje esporte,
fazer meditação
lá onde ninguém
acha as brumas do céu!
- Autor: Jose Kappel ( Offline)
- Publicado: 6 de julho de 2023 09:31
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.