Ruindade

Breno Pitol Trager

Ruim

Afastar-se do ruim é fato primevo
Conhecimento ancestral para qual progresso
Mas é a ruindade que eu também desejo
Por que quem cantou caos nem mérito meço?

Ruim segundo o filosófico glossário
Que ainda vê resquício de necessidade nisso
É o ineficaz, o podre, o feio, tão áridos
Sou a desertidão da areia ao oásis me viço

Como um verme que rói os néscios famintos olhos
Que ainda veem-se nalguma bondade humana
Extraio deste órgão podre os seus espólios

Verdadeiramente quero uma taturana
Descansando no sofá já meu verbo adoro
Ao ser lido seja a larva, dói a quem ama

  • Autor: Breno Pitol Trager (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de junho de 2023 21:22
  • Comentário do autor sobre o poema: Incitar o mal kkkkkkkk
  • Categoria: Gótico
  • Visualizações: 9


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