Para mim
O mundo a existir começou
Com o nascimento de Cristo
Jesus
Filho de carpinteiro
Vocação não tinha
Com o pai trabalhar
Em obras grosseiras
De madeira
Nas suas entranhas
O messias dos pobres
Nelas, o poder de liderança
O seu futuro já comandava
Aos poucos
Um exército de pobres formou
À Roma conduzindo
A época
A senhora absoluta
Do mar mediterrâneo
Imaginando quiçá
Os poderosos romanos
A pobreza acolher
Pôncio Pilatos
O Governador romano
Da Provincia de Judeia
Ao apóstolo de Cristo
O Judas Iscariotes
A sua liberdade garantiu
Para
Com um beijo
Apenas com um beijo
No rosto do messias dos pobres
Ameaça ao poder romano identificar
Claro
À presença de seus subordinados
Pôncio Pilatos
Na condição de juiz
A prisão de Cristo determinou
No julgamento
Jesus Cristo
Ao seu lado, um ladrão
Ante
Um plateia lotada
De inimigos de Cristo
Temendo
O poder
Do messias dos pobres
Suas mãos lavou
Cristo entregou
Aos seus inimigos
Com seu cristalino endosso
O ladrão
Um exército não tendo
Para
O poder de Roma roubar
O roubo ignorou, absolvendo
Condenado
Pena, cumpriu:
Uma cruz carregando
Sob tortura sangrenta
A época
Sofrimento jamais visto
Sobretudo
Aos olhos de Deus
Na direção do poste vertical
Onde, seus pés amarrados
Mãos pregadas
Sofrimento com sangue
Se misturando
Nos seus minutos de vida
Aos torturadores
Soletrando disse:
“ eu sou também
O messias de vocês”
O tempo
O mestre da verdade
À tona
A verdade trouxe
O exército dos pobres
Contra a condenação
De seu messias
O corpo de Cristo roubou
Para
Entre os mortos
Jamais ser encontrado
Com a sua ressurreição
Os poderosos romanos
A sua volta temendo
A busca do corpo ordenou
Mas, jamais encontrado foi
As suas consciências punindo
Com noites torturantes
Pois bem:
Inquestionavelmente
Jesus data
O início do mundo
O mundo dos messias
Com mortes precoces
Martin Luther King
Contra a segregação racial
Exaustivamente lutou
Resultado:
Assassinado foi
Na sua simples sacada
Tiradentes
O herói
Na Inconfidência Mineira
À morte
Condenado foi
Pena: cruelmente esquartejado
Chico Mendes
Seringueiro nato
Cruelmente
Assassinado foi
Por defender
A mãe-natureza
A mãe
Dos seringueiros
Contra os seus inimigos
Os seringalistas
Jesus
O messias dos pobres
Lições históricas deixou
Bastante deixou!
Para
Os próximos messias
O Judas morreu
O seu beijo não
Na boca de outros
Eternizou-se.
- Autor: Flávio.Queiroz ( Offline)
- Publicado: 14 de junho de 2023 09:46
- Categoria: Religioso
- Visualizações: 6
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.