Angústia 
Medo e ansiedade
É isso que você cria em mim
Quem devia me proteger desde o nascimento
Apoiar, defender 
Me acolher e dizer que estava tudo bem
Mas você não o fez
Pelo contrário, é a causadora de todo mal e perturbação
Não abraça, não beija, não demonstra
Gritos, importunações, julgamentos 
Sua face tão semelhante e pessoal me deixa confusa 
É isso que eu mereço?
É isso que é o amor materno?
Tão quente e verdadeiro?
Será que isso seria o máximo que conseguiria?
Mas você é a adulta
Já eu, só uma aventureira nessa juventude tão passageira
Me pego engolindo lágrimas e rios
De repente, sou aquela criança 
Aquela criança 
Que não chorava, obedecia e era exemplo
Com tudo guardado com um nó bem forte, que com o tempo me arranca sangue
E dói