Nada, viver!<Primeiro verso.

 

Que poderei dizer. Sem começar.

Fim começado! Lei imutável.

Começado o fim. De todo começar.

Tudo o que começa. Tem fim!

Doiro silvestre. Campo agreste!

Sem amor chegar. Do amor vieste.

Que vida! Que canto me impuseste.

 

Chegas no agora! No agora vieste.

Começado! Mas não acabado.

Esse amor inerte! Paz, no completado.

Esta dor no peito. Que teima em continuar!

Verde, vermelha ou azul! Que seja a cor.

 

Do nada ter. Poderei dizer.

Sem princípio, meio e fim! Nada pode acontecer.

MESMO QUE SEJA VIVER!!!

 

Sente inteiro!<Segundo verso.

 

Chama de fogo! Queimando em qualquer lugar.

Entras no peito como brasa! Queimas como abrasador.

Tempos sem tempos, na verdade. Dita desdita de amor.

Por favor. Afaga esta dor!

Começada como sem igual. Mulher, homem ou criança!

A vestimenta não tem que parecer. Esta dor veio para ensinar a viver!

Seja o que tem que ser. Na janela vamos entrar!

Por a porta o sair! Não caias?

Sente o que está para vir!

 

Amanhã poesia<Terceiro verso.

 

Manhã sem manhã não é dia! Falo de poesia.

Sem ser poeta! Encho a escritura.

Escravo de mim mesmo! No teimar esta teimosia.

Continua a ser verso. Mesmo não sendo poesia!

A minha alma! O meu peito.

A minha eterna moradia! Que DEUS me deu certo dia!

Sem ser poeta. Escrever poesia!