Jonhmaker

Sibyla



 

Sibyla

Faz uma semana que chove sem parar,

Nessa mesma chuva que cai por toda a minha vida;

Em cada verso teu a me desamparar

Vejo um monte que se levanta de forma delicada,

Sendo um abismo que a tudo inunda e me acompanha.

 

Pressinto a urgência da soltura da minha dor,

Pois, seria uma montanha se não fosse tão profunda...

Essa aflição que circunda uma tarde pequena,

Sonha quando passo os dedos numa tela de Volpi,

Como se fosse o rosto enaltecido por teu silêncio,

Trancado no lirismo das bandeirinhas enfileiradas

Onde a chuva afaga as folhas e a terra molhada;

Pela razão de algo plantado que o teu coração ainda cultiva,

Sendo forte apenas, altiva como uma fortaleza,

Fundada dentro de ti.

Barrando toda incerteza dos momentos abandonados,

Guardados no espirito corroído,

Constantemente vencido por essa eterna paixão,

Por saber que no amor nada é inútil,

Nem mesmo discorrer em vão.

 

Em todas as noites em que não há de ter dormido,

Temo a alma rancorosa de tuas flores vermelhas,

Pois, o meu ventre é ferido pela garoa nublada dos teus olhos,

E a centelha saída de seu corpo refeito em rosa ruiva.

Num misto de vida e morte, dor e felicidade.

Sentindo teus espinhos cravados em meu coração,

No argumento da lentidão rindo do orvalho que escorre

Pelas chagas insistentes de seu caule nu....

 

Porém, consenti-a assim, no berço nascedouro dos sonhos,

Mas há de nascer das árvores como as sementes dentro dos frutos,

Quando a vida apreender algo maior dentro de si.

E tu crescerás a sofrer esse encantamento,

Por todo tenro, gestual e difícil momento,

Em que existir o ar dentro de mim;

Para deixar o amor arder cego e radioso.

Tocando a tua vida, supondo ser o teu talento a cantiga,

Espalhada por um lânguido céu azul.

Como é o palpitar de uma galáxia,

A qual recebo com olhar de tristeza,

Vendo-a partir ressonando a sua melodia,

Ou mesmo correndo pelos solos do teu bosque,

Como por encanto, na imensa pradaria.

Sem nenhum pranto, mas, em harmonia ao renascer,

Entre flores austeras e margaridas,

Onde, antes, tudo a sua volta cheirava a jasmim,

e, apenas, o teu perfume predominava, se envolvendo pelo campo,

Atraindo  alegres borboletas coloridas...

  • Autor: johnmaker (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de Maio de 2023 19:23
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 6


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