Eliabe Lira

Viajante de sonhos


Aviso de ausência de Eliabe Lira
NO

Subo montanhas

Escalo estrelas

Sempre preso

Sozinho.

 

É quase bom

A solidão é viciante

Cada vez mais 

Cada vez mais dentro.

 

Vou esquecendo de sonhar

Apego-me ao real, fácil

Nínguem entende

Todos julgam.

 

Sinto que posso tudo

Acabo voltanto rápido

A triste realidade do destino

Até aqui não me favorece.

 

Será triste quando acabar

Tudo vai acabando, lentamente

A chuva começou agora

Vou esperar a tempestade chegar.

 

Não vou cair nas suas palavras

"Todos tem a mesma oportunidade"

Triste realidade

Será que vivo num paralelo?.

 

Ao olhar para o horizonte

Penso em quantos lugares poderia ir

Viver, (re)começar, fugir

Como um preso ao ver o sol da cela.

 

Vou andando pela floresta

Sempre sozinho

Ninguém consegue me alcançar

Não consigo acompanhar ninguém.

 

Amor ou tristeza, tudo igual

Amador, ama a dor

Jovem demais para entender

Velho demais para cair novamente.

 

Vou observando a lua 

Sempre vejo algo diferente

Nenhum objeto, vida ou santos

Vejo sua submissão ao sol.

 

Não sou amante de linhas amorosas

Mas, queria saber escrever sobre

Sinto tanta liberdade em alguns

Sei de seu amor, invejo por vezes.

 

Vejo a linha de pensamento 

Vou chegar lá rápido

Vou parar

Não quero chegar ao ridículo.

 

Meu ridículo não é abrir o coração

Nunca foi problema

Na verdade, nunca ouve nada

Este é o ridículo.

 

Percorro os vales

Nado em lagos azuis

Viajo por estrelas e bandeiras

Tudo bem, já vou acordar.

  • Autor: TheLira (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de Junho de 2020 22:11
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 11

Comentários2

  • Chico Lino

    Boa divagação... Eliabe, tem tema aí para uma infinidade de poemas... bora separa-los e escreve-los... valeu...

  • Helio Valim

    Oi Eliabe. Seu poema me fez vivenciar, com uma verdade intensa, longa busca de formas de como fugir da solidão. Não se perca nessa busca. Muitas vezes para ser "amante de linhas amorosas" é necessário correr o risco do ridículo. Parabéns poeta. Um abraço.



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