NO
Subo montanhas
Escalo estrelas
Sempre preso
Sozinho.
É quase bom
A solidão é viciante
Cada vez mais
Cada vez mais dentro.
Vou esquecendo de sonhar
Apego-me ao real, fácil
Nínguem entende
Todos julgam.
Sinto que posso tudo
Acabo voltanto rápido
A triste realidade do destino
Até aqui não me favorece.
Será triste quando acabar
Tudo vai acabando, lentamente
A chuva começou agora
Vou esperar a tempestade chegar.
Não vou cair nas suas palavras
"Todos tem a mesma oportunidade"
Triste realidade
Será que vivo num paralelo?.
Ao olhar para o horizonte
Penso em quantos lugares poderia ir
Viver, (re)começar, fugir
Como um preso ao ver o sol da cela.
Vou andando pela floresta
Sempre sozinho
Ninguém consegue me alcançar
Não consigo acompanhar ninguém.
Amor ou tristeza, tudo igual
Amador, ama a dor
Jovem demais para entender
Velho demais para cair novamente.
Vou observando a lua
Sempre vejo algo diferente
Nenhum objeto, vida ou santos
Vejo sua submissão ao sol.
Não sou amante de linhas amorosas
Mas, queria saber escrever sobre
Sinto tanta liberdade em alguns
Sei de seu amor, invejo por vezes.
Vejo a linha de pensamento
Vou chegar lá rápido
Vou parar
Não quero chegar ao ridículo.
Meu ridículo não é abrir o coração
Nunca foi problema
Na verdade, nunca ouve nada
Este é o ridículo.
Percorro os vales
Nado em lagos azuis
Viajo por estrelas e bandeiras
Tudo bem, já vou acordar.
- Autor: TheLira (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 22 de junho de 2020 22:11
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 11
Comentários2
Boa divagação... Eliabe, tem tema aí para uma infinidade de poemas... bora separa-los e escreve-los... valeu...
Oi Eliabe. Seu poema me fez vivenciar, com uma verdade intensa, longa busca de formas de como fugir da solidão. Não se perca nessa busca. Muitas vezes para ser "amante de linhas amorosas" é necessário correr o risco do ridículo. Parabéns poeta. Um abraço.
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