O perdão é um prato que não sacia
a gula do rei que carrego na barriga
Já viu realeza se satisfazer com pouco?
Ele quer mais, muito mais
Ele exige celebrar a sua cruel tirania
fartando-se em um banquete regado a iguarias
feitas com os órgãos dos traidores da coroa,
enquanto embriaga-se no sangue daqueles
que tentaram tirá-lo do trono
"Vida longa ao Rei!", saúdam, com as
bocas cheias de medo, bajulação e
carne humana, aqueles convidados que
temem acabar tornando-se as sobremesas
especiais de vossa insana majestade
Hoje, no entanto, eu te deixarei
morrer de fome, seu miserável
A tua sobrevivência é totalmente dependente
destas mãos que te alimentam
Não colocarei em sua mesa mais nenhuma vítima
destinada a preencher o vazio causado pelo
seu apetite por vingança
O teu reinado sucumbirá, revelando o que
você é por trás de toda esta pompa:
o monarca dos parasitas
E eu estarei, finalmente, livre da sua opressão
- Autor: O eremita invisível ( Offline)
- Publicado: 7 de maio de 2023 22:05
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
Comentários1
Muito bem tecido teu poema. Fiquei até com piedade desse pobre rei que você massacra com classe!
Muito obrigado!
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