TODA DOR DO SONETO

... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol



Toda dor do soneto, por mais que doa

Na própria ilusão encontra o refrigério

As lágrimas doídas de um despautério

Veda-as no desabafo duma poesia boa

 

O que conforta, a sensação que povoa

Que faz sonhar, um refundir, o critério

Que nos repara, nos valida, o cautério

Da gana n’alma. O amor tudo perdoa!

 

Quando a poesia compõe o outro lado

E, depois de descarregar a amargura

Do verso que sentiu...  tudo é passado!

 

Noutra parte há de, acalanto, a ventura

Conjurando aquele instante apaixonado

E o poema segue num adeus à tristura!

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

06 de maio, 2023, 12’59” – Araguari, MG

 

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado



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