sou valente
e
forte,
miúdo
e
solene.
sou capaz,
mas indigente.
sou de amores
mas não
sou mais
das dores.
na rua falam
de longe:
lá vai ele,
o homem
sem parentes,
lá vai o
catalano.
lá vai o
sino sem
igreja.
lá vai
o homem
que deixou
passar a vida.
e, de mais
uma coisa
eu sei:
vida vai,
vida vem.
e chega
uma hora
que você
vira
bento,
vento,
lento.
vai virando
pó
dos exaustos,
pó
das esquinas,
dos falsos
e dos
impolutos
faustos!
Vira cinzas,
sem hora marcada,
e eu de vivo,fujo alado !
- Autor: Jose Kappel ( Offline)
- Publicado: 6 de maio de 2023 07:12
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
Comentários2
Muita categoria poética e inventividade linguística,revelando uma excelente verve poética. Aplausos!
Poema inusitado. Gostei.
Até breve!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.