DOR

... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol



Desbotada, à rima da poesia sombria

Sobre a agonia da sorte predestinada

Tal qual a lua na noite, esbranquiçada

O versar na prosa é de pálida melodia

 

E nesse tom lúrido e de sensação fria

A inspiração pela solidão é embalada

No silêncio das ideias, cheio de nada

Onde cada verso, de agrura se vestia

 

Chora o verso, e o verso vai chorando

Sofrença palpitando, as quimeras indo

Da imaginação. A tortura no comando

 

Não rias da poesia, ó vil dita, convindo

Pois, o versejar vela a tristura rimando:

Com muitas lágrimas no papel caindo!

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

04 de maio, 2023, 15’55” – Araguari, MG



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