"Quantos Josés e quantas Marias precisam morrer, todos os dias, vítimas do descaso e da ambição dos poderosos?"
Maria está na lida todo dia,
Põe a mão na água fria
Lava louça... Faz café.
Maria que acorda logo cedo,
Que da vida não tem medo
E que anda sempre à pé.
José que era um carpinteiro,
Faz um bico de pedreiro,
Caminha com muita fé.
José pega firme no trabalho
Não tem quem lhe quebre um galho,
Ele é pobre... Ele é um Zé!
Maria está no rol dos indigentes
E seus patrões, indiferentes,
Nem sequer sabem o seu nome.
José que não vive a fazer fita,
Sai e não leva marmita...
Volta morrendo de fome.
Os dois não desistem de seus planos,
Mas por causa dos insanos,
Estão nesta condição!
Labutam todos os dias do ano,
Mas vivem no abandono,
Perdidos... Sem proteção.
Honrados, esses dois trabalhadores,
Donos de tantos valores,
Tentando sobreviver!
Tão fortes! Mas agora já cansados,
Eles serão devorados,
Pelos donos do poder!...
(Maria do Socorro Domingos)
- Autor: Maria do Socorro Domingos ( Offline)
- Publicado: 1 de maio de 2023 04:50
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.