Tinha o silêncio dos ermos prados,
E do bosque em pétalas coberto,
Os teus olhos de páramos sagrados,
Refletindo a mansidão de um deserto.
O mistério dos sonhos enublados,
Trazem-me quando eu olho-vos de perto,
A soturnez dos túmulos fechados,
O destino de todo olhar incerto.
Olhos celestes de noites caindo,
Sem luares e estrelas clareando
O funeral das pétalas seguindo...
Céu de lamentos que velais as freiras
Entre as brumas solitárias rezando
Pelas almas de pálidas olheiras.
Thiago Rodrigues
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