Você está com fome,
de repente, escuta aquela música,
que vem chegando baixinho,
e logo, fica medonha:
- Olha o carro da pamonha!
Aí, vem logo o desejo,
quando escuta, de novo:
- Pamonha de sal, pamonha de doce, pamonha apimentada,
- todas com queijo!
Você está com calor,
de repente, escuta aquela música,
que vem chegando mais próxima,
deixando a orelha em pé:
- Olha o carro do sorvete e picolé!
Ai, a vontade mais que bate,
quando escuta, de novo:
- Tem picolé e sorvete de fruta,
- ao leite, cremoso e chocolate.
Você está naquela folga,
de repente, escuta aquela música,
com um som agudo e longo,
que faz perder o sossego e a paz:
- Aho, Gás, olha o gás!.
Aí, corre logo pra cozinha, olha o botijão,
e vê que não precisa trocar o gás,
vai pra janela e grita aliviado:
- Quero não! Quero não!
Você está com um baita sono,
de repente, escuta aquela música,
que te faz acordar com susto,
parece capricho, mas é tolerável:
- “Tum Tum Tum...” – é o caminhão do lixo reciclável.
Aí, fica acabrunhado, resmungando,
pois o caminhão fica parado,
além do barulho da coleta,
aquela música, fica o tempo todo tocando.
Ah, tem o caminhão da melancia,
o carro do pão e do bolo,
e a sonora kombi do ovo.
Tem, também, a camionete das frutas
que passa de vez em quando,
e todos fazem a alegria do povo.
Se na sua rua, também, tem,
aproveite, curta muito,
e não fique nervoso com o som.
Mas, se na sua rua não tem,
mude de casa, de bairro, de cidade,
aí, você vai saber o que é “bom”!
- Autor: Marcelo Veloso ( Offline)
- Publicado: 24 de abril de 2023 15:42
- Comentário do autor sobre o poema: Uma simples homenagem a todos os empreendedores ambulantes/volantes deste nosso Brasil.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 12
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.