Poeta miserável

Não sei porque me atrevo
Devia ficar no meu canto
Não sei porque escrevo
Se minhas palavras não surtem qualquer encanto

Não sei porquê esse espanto
Já não tenho bateria
Já perdi tanto
Fiquei na miséria

Agora recebo boleia de outros poetas
Que vergonha
Não consigo superar minhas metas
Sou mesmo um pateta

Já nem me consigo pôr de pé
A fraqueza é tanta
Ainda sou um adolescente
Mas mais pareço uma planta

Com falta de pé-de-meia

Falta de ideias

O vento as levou

Foi este o triste destino que a vida me reservou

Agora me deito
A ver o sol aqui parado

Com o meu coração todo desfeito

Na poesia acabei um ser mal-amado