Mundo moderno, tão frenético e caótico,
Onde a velocidade é a lei e a superfície é o limite,
As relações humanas são virtuais, carentes de conexão,
E o amor é mercadoria de prateleira, descartável como um objeto sem função.
A tecnologia avança a passos largos, sem que o homem evolua de maneira proporcional,
Vivemos na era da informação, mas sem a sabedoria necessária para seu controle,
A ganância se alastra e domina, a empatia é esquecida em detrimento da competição,
E a natureza sofre, oprimida pela nossa insensatez e obstinação.
O tempo corre célere, sem que possamos desfrutar de sua plenitude,
As pressões do cotidiano nos sufocam, impedindo-nos de respirar,
E a solidão é um fantasma que nos assombra, mesmo quando em multidões.
Mundo moderno, tão cheio de paradoxos e contradições,
Precisamos desesperadamente de mais humanidade e menos automatização,
De mais amor e menos distância, de mais vida e menos ilusões.
Que a sabedoria e a empatia possam guiar nossos passos,
E que possamos, enfim, ser dignos da beleza e da complexidade
Deste mundo moderno que habitamos.
- Autor: Célio Azevedo ( Offline)
- Publicado: 14 de abril de 2023 16:22
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 24
- Usuários favoritos deste poema: Lia Graccho Dutra
Comentários4
Parabéns poeta,
Célio Azevedo,
versejou com
sapiência e
eloquência !
Que possamos
viver num mundo
mais harmônico
e feliz!
Um abraço,
Lia
Muito lindo...tem uma associação involuntária com o Discurso do Grande ditador do mestre Chaplin, adorei!
Abraços!
Muito lindo...tem uma associação involuntária com o Discurso do Grande ditador do mestre Chaplin, adorei!
Abraços!
Belíssimo texto, caro poeta!
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