Com muito pesar, me despeço
Dos poemas que escrevi e rescrevi
Hoje morar longe deles é tudo o que eu peço
Vivemos momentos incriveis mas tudo tem um fim
Eu cresci, me tornei um homem feito
Não tenho tempo para palavras
Todas as palavras que tinha escritas no meu diário
Decidi arruma-las no meu armário
As palavras estão gastas
O poeta já não é o que era
Peço desculpas a quem sempre acreditou em mim
Não deve ser fácil receber uma bomba dessas
Um dia ainda me vou rir de tudo isso
Até esse dia chegar eu faço os preparativos
Retiro a aliança do meu dedo
Saboto o nosso casamento
Eu me retiro para o silencio na nossa noite de nupcias
E então eu estou diante da minha ultimas letra de musica
Ainda nem escolhi um tema
Mas eu já sabia que um dia isto tinha de acontecer
Eu só não sabia quando nem porquê
Mas sabia que eu e a poesia, a poesia e eu não tinhamos nada a ver
Eu sei que é feio dizer que sou um estranho
Seria mais fácil encarará-la olha-la nos olhos
E dizer que ainda a folheio
Não sei de onde veio todo esse medo
Se veio ou não de dentro
Medo de não ser perfeito, de ser o patinho feio
Mas é o que eu sinto quando me olho no espelho
(No espelho, no espelho), no espelho (no espelho, no espelho)
Não sei de onde veio todo esse medo
Se veio ou não de dentro
Medo de não ser perfeito, de ser o patinho feio
Mas é o que eu sinto quando me olho no espelho
(No espelho, no espelho), no espelho (no espelho, no espelho)
As palavras perderam a beleza
Que tinham antes de me conhecer
Foi ao me conhecerem que houve uma grande diferença
As palavras já não eram faladas da mesma maneira
E eu fiquei em brasa não vou negar
Que as queria no seu perfeito estado e até me ofereci para as regar
Mas elas preferiram ser regadas por outra mangueira
O chão caiu sobre mim, tudo caiu sobre mim naquele momento
E eu não quero ser distante das palavras
Quero as ter do meu lado, bem regadas
E eu não quero ser substituido por outra cheia de peneiras
Só porque foi escolhida fruto de uma desavença
Quero que seja escolhida porque houve um bom divórcio
No final quem ficou mal foi o nosso planeta
Ficou orfão de essencia, orfao de ideias
Será que as palavras não tem olhos na cara
Para perceber que nós temos de nos unir
Quem ganha é quem fez de tudo para nos destruir
E eu não posso deixar o meu corpo ir por aí
Deixar o corpo ir rumo ao covil
Eu vou fazer um esforço
Vou me despedir da escrita
Vou mostrar que é por ela que eu torço
Espero que ela seja bem sucedida
Se ela for bem sucedida eu também serei aos olhos do povo
Não sei de onde veio todo esse medo
Se veio ou não de dentro
Medo de não ser perfeito, de ser o patinho feio
Mas é o que eu sinto quando me olho no espelho
(No espelho, no espelho), no espelho (no espelho, no espelho)
Não sei de onde veio todo esse medo
Se veio ou não de dentro
Medo de não ser perfeito, de ser o patinho feio
Mas é o que eu sinto quando me olho no espelho
(No espelho, no espelho), no espelho (no espelho, no espelho)
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Autor:
JOHNNY11 ( Offline)
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Publicado:
13 de abril de 2023 08:39
- Comentário do autor sobre o poema: Provavelmente este é o meu último poema
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações:
21
- Usuários favoritos deste poema: SANTO VANDINHO
Comentários3
É normal sentirmos
medo, faz parte da
natureza humana.
Quando ele vem
parece um gigante.
Mas olhe de frente,
enfrente!!!
O espelho
nos reflete,
mas não
nos define.
Um abraço,
Lia
Mas...que crise é essa,poeta? Adolescente ainda não podes mergulhar em crise de meia_ idade! Um talento desse tamanho e querendo nos provar de tua inspiração poética?! Quem é escolhido pela musa Poesia não tem o direito de pendurar as chuteiras! Reconsidere!
Atrevido e Reflexivo poema, pois se despedir da poesia não se faz nem tem condições já que a poesia é o próprio Universo Infinito e o poeta não tem para onde ir, pois dentro da poesia estar ! Paz e bem Poeta !
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