A valsa das Serpentes

santidarko

"Um homem sombrio"arranha seu guarda-roupa, com suas longas e sujas unhas!

De seu estar,gira á sua cabeça e observa-se em um espelho quebrado---- localizado em seu espaçoso dormitório.

 

Em muitos lugares da casa,ela,não mais... está!

O milho que crescera abundante este ano,irá perder-se ,por um descaso e tristeza.

 

Além do mato que tomara o entorno de sua pequena fazenda,o pó,procria-se como peste,pelos cantos de sua casa.

 

Alguns animais  fugiram,ou "foram levados por solidariedade", de uma comovida vizinhança ---para ele,não mais importara!

 

Sua conotada expressão  é como:

...se de repente,acordara ou se deparara com uma outra dimensão ou realidade.

 

...É uma noite abafada ,todas as luzes internas de sua bagunçada casa estão acesas.

Uma música oriunda de um pequeno rádio de pilha...ecoa pelos maltrapilhos-cômodos!

----A quietude traz á sua inconformidade,um desespero convulsionado."Um estrebuchar corporal ,de indignação".

A cama de seu quarto quebrara com os constantes ataques de raiva;com seu debater raivoso.

Braços e pernas,em uma rítmica de aversão ao seu Presente----

 

Ao amanhecer,--adormecendo ou não---,irá para o meio de seu milharal ,em sua maioria,secos,e olhará em direção ao firmamento;

...no intuito de perdurar-se,ao máximo de tempo,que conseguir observá-lo!

 

Seu magro e "desleixado corpo",o colocará ao chão,por exaustão!

Assim como ocorrera, há três dias...!

 

"Esse submundo aveludado"do qual encontra-se(casa,comida,finanças em ordem),"mas sem uma paz",deixa-o,em um limbo,"confortável"!

Porém,ainda amargo e solitário!

---Em um Céu,sempre carmesim.----

 

 O radinho de pilha que está em cima da mesa da cozinha,ainda está ecoando um som musical,agradável("músicas calmas "e românticas).

 

A seu ver,"as paredes continuam a absorver sua alma"!

Sua alongada mão ,acompanhada de seu olhar atônito,aparentam,repeli-lo de seus escorares de apoio ---de seu corpo ,que insiste adentrar ,com os arranhares de unhas,ao interno da insuperável ,e cimentada alvenaria

 

---Em cantos da casa,ela não mais está!-----

 

Procurara grupos de pessoas,para de alguma forma,sentir-se incluso em algo.

"Mas nessa escada rangente",não encontrara um conjunto de pessoas,ás quais ,pudesse ser... uma pequena parte.

 

 

[*...Se soubesse,que milhares de pessoas sentem o mesmo fator---de estar descontinuado,"em uma Babel reunião"",pelo menos nesse denominador indigesto,haveria de perdoar-se!]

 

E quem sabe,de compreender,que todos nós,"não temos o controle,

 

....DE NADA,QUE ESTÁ PORVIR"!

 

 

  • Autor: santidarko (Offline Offline)
  • Publicado: 28 de março de 2023 20:15
  • Categoria: Fábula
  • Visualizações: 9


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.