Como aroma suave pelos ares,
Foste pelos caminhos que andaram,
Vetustas as lembranças e os olhares
De luas que os poentes contemplaram.
Iam contigo os tons crepusculares,
Os lábios que em sonhos se fecharam,
O cântico dos prístinos sonhares,
E flores que os ventos desfolharam.
Serena era tua face ante os astros
Que despontavam lentos no infinito
Para depois velarem os teus rastros...
Era tua face de noite enferma,
Caindo sobre a lájea de granito
Na solitude de uma tarde erma...
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 5 de março de 2023 21:36
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
Comentários2
Uma mulher intocável, uma tarde erma. Bravo
Grato pelo comentário, Lua!
Parabéns pelo soneto. Reune aquilo que a meu ver é fundamental na poesia : conteúdo e rima
Grato pelo comentário, O aprendiz!
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