E no fim, o que sobrou?

Começou com uma coisa tão pequena
Que meus olhos brilhavam quando criança 
Eu tinha um ideal, algo para me agarrar 
E como um fio, ele se partiu de repente...

Eu tentei tanto, eu cheguei tão longe 
Para entender o quão impotente fiquei 
De joelhos no chão, afogado na própria tristeza 
E no fim, não sobrou nada, todos se foram

Mesmo que eu chegasse tão longe
Mesmo que eu fizesse o impossível 
Sacrifiquei tanta coisa, para no fim, tudo virar poeira
Olhe para meu rosto, sinta minhas lágrimas, porque eu tentei tanto, tanto, que perdi tudo, no fim, não valendo nada....

Parece que o vento soprou e me levou junto
Uma folha seca caindo da árvore 
Uma célula morrendo de um corpo
Cacos quebrados de uma janela, um copo com furo, água derramada....

Caminhei tanto, me esforcei tanto
Para no fim não valer, não adiantar, não me aceitar 
O meu próprio reflexo, minhas últimas palavras 
Que não fazem diferença, que a dor cresça e que eu finalmente desapareça e desvaneça...

Que eu tentei tanto, fui tão longe 
Para perder você, os meus sentimentos, o que era importante 
E no fim, não sobrou nada, nem para me lamentar
Uma rachadura no meu rosto, sim, a própria derrota inconsciente....

Lágrimas, escorrem, dos meus olhos, da minha vida, de tudo isso....
E no fim, não faz diferença, porque sei, que perdi tudo....