Desencontros

Altofe

 

Desencontros

 

Já muito tarde, somente te encontrei agora,

assim que te vi logo percebi,

que sempre te procurei, amada senhora.

Aos poucos eu te reconquistei,

contra os tabus também lutei,

e trocamos juras sinceras

em várias vidas de muitas eras.

 

Nem sei quando te conheci

mas valeu cada minuto que vivi,

ontem teus cabelos grisalhos acariciei,

segurando tua mão eu chorei

desconsolado com tua partida,

que seria breve sempre soubemos,

ao menos o pouco tempo que tivemos

foi a melhor parte dessa vida.

 

Novamente com esse destino cruel

nossos relógios desencontraram,

assim percebo olhando o céu,

que ponteiros de nossa existência se afastaram.

Sempre o tempo molda a vida

existe a hora da chegada, e também da partida

um dia nascemos, noutro nos perdemos,

o que importa é o momento

e todo o sentimento que juntos vivemos.

 

Amanhã eu envelheço,

e no tempo que se arrasta

eu jamais te esqueço,

enquanto nossa história se afasta.

Pareço viver atrasado,

sempre quando nos cruzamos

no futuro ou no passado,

por breves instantes nos amamos

é quando sou feliz ao seu lado.

 

Juro que te reencontrarei,

quando acontecerá eu não sei,

acredito que vais me reconhecer

e até voltares, pode até demorar,

eu esperarei pelo teu florescer,

para novamente te amar.

  • Autor: Altofe (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de fevereiro de 2023 08:33
  • Comentário do autor sobre o poema: É sobre a sina de um casal destinados a viver um amor incompleto, por se reencontrarem em várias reencarnações sempre em idades diferentes de suas vidas.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 21


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