... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

RESSURGIR



Desmesuradamente o silêncio no verso doía

Sobre uma saudade que no peito era poente

A angústia que ao sentir não mais consumia

Rompendo e assaltando a quietude da mente

 

E, cá no cerrado a tarde melancólica anoitecia

E um soluço seco no vazio se fazia de repente

Escorrendo pela poesia com uma tal vertente

Emoção... e sobrepondo a noite a luz do dia

 

Assim, sem medida, a poética se pôs tirania

Fazendo da prosa tortura no seu conteúdo

Tentando não dizer o que fatalmente dizia

 

Então, o meu sentimento vagou pelo infinito

E a sensação em um rugir, num rugir mudo

Impelindo tudo, em um grito aflito, aflito grito!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

01 fevereiro, 2023, 21’00” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Comentários2



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.