O desequilíbrio entre esforço e ilusão
nessa aventura da busca constante por
uma causa que nos engane a angústia
da impermanência do tempo
nos consome cedo a mocidade
Entre a jornada e o triunfo
sob as regras que estimulam
o jogo por felicidade
nem mensuramos o custo
de se gozar o esforço
Entre raso e crasso
sob os erros que nos imputam
os códigos,
Entre vadio e pródigo
sob os ímpetos que nos
definem às letras caráter
nem se avalia o preço
pela duração do interesse
Em que se justifica a soberania
do interesse humano nesse pasto
além da mesa farta, além do gozo
longo, além do nosso egocentrismo
antropomórfico?
Em nada, absolutamente nada, que tenha
valor algum de face ou de lastro,
e sem a ilusão de transcendência
o homem é só osso e vácuo
e o seu próprio lixo
a poluir seu pasto.
- Autor: Carlos Tavares (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 25 de janeiro de 2023 19:51
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.