Ex-prisioneira

Poema - Ex-prisioneira

Uma cria dessas

Que com seu olhar

Afia a minha alma

Com seus olhos amarelos

Cor de âmbar.

Atrás um rastro em vermelho,

Seu cabelo... Tão liso

Como sua nítida voz

Suave e meiga.

Tão triste seu olhar

Sua vida em pesar,

Mas ela não desiste!

Que garota forte...

E bonita.

Com seus olhos fendidos

E gestos nas mãos,

Mas um grilhão no pescoço,

Trajando a cor negra.

Seu rosto lindo, redondo;

As maçãs do teu rosto

Te deixam tão meiga,

Mas as tuas orelhas distantes;

Sua boca tão pequena.

Sua expressão parece emburrada,

Mas no fundo eu sei;

No fundo tão esperançosa e radiante;

Sua voz e expressões se tornam angelical

Quando está feliz;

E suas orelhas pontudas tomam mais destaque

Quando sorri.

Cabelos tão longos carmesins.

Escorrem; Deslumbrantes,

Prendem minha atenção.

Tons de carmim.

Eu me apaixonei, por eles 

E seus olhos cor de ouro.

Agonizo!

Eu não sei descrever.

O quão belo são seus olhos,

Suas formas. São tão profundas.

Sem seu olhar, agonizo.

Seus olhos são tão nítidos e serenos;

Seu olhar tão claro, fácil de enxergar;

Sua forma ampla da espaço para eles dançar;

Suas íris grandes, cor de âmbar.

Com um corpo tão pequeno;

Eu te amo tanto...

Que sinto vontade de chorar.

Você não precisa mais;

Usar esse grilhão.

Por mais que também

Fique lindo em você.

Cada parte em você

É tão singular

Que um poema se torna

Perfeito para te descrever,

Mas.

Não se compara a uma imagem.