o rumo é atrevido
e parado,
a paz é suspeita,
a dor agrura,
de todos os lados.
meias-paredes,
fazem aparentes cortinas,
zanzanadas pelo tempo.
longo tempo de balbuciar
ao vento.
eu, agora cá,
amorfo entre os lençóis
sancristos,
penso o que é a
vida
senão açoite !
os milagres
estão
em descréditos,
pois viraram
forma de
poder.
pelas longas
horas de saber
a vida me ensinou,
lenta e vagorosa,
que os homens
são
totalmente
iguais
mas extremamente
desiguais.
surgem entre
o desejo
de ser rei
e temem
pelo medo
de não
serem reis.
ah! mil léguas de dor!
traídas pelo tempo!
cujo hora
tem nome:
é medo.
o corretor
de guerras
teme os
alheios,
e os visigodos,
pois podem perder
a marmita de
ouro
que lhe são entregues
todo o tempo.
perco a hora
mas não perco
pela honra !
e zera o tempo,
e faz costume
dos lindos
pelas areias
perdidas !
no roçado de minha vida
não há mais
chegadas,
não há mais saídas.
o que tenho de fazer
na volta e na ida
é zerar o tempo.
- Autor: Jose Kappel ( Offline)
- Publicado: 6 de janeiro de 2023 05:28
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
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