Carlos Lucena

A NOITE E EU

 

A noite cai serena
E eu na calçada
vendo gatos.
A brisa sertaneja
Sobre as árvores
Embala as folhas secas
Que rastejam no asfalto.
Estrelas pestanejam
No breu do céu.
Parece que tudo parou
No mesmo lugar.
O trem já não passa
O sino calou
Apenas um grilo
Criquila escondido
Talvez perdido
No silêncio das ruas.
E nas ruas sonolentas
De casas
Com pálpebras fechadas
Apenas mariposas Dançam
Sob a luz misteriosa
Dos postes em riste.
A brisa insiste.
Faz frio...
O grilo não desiste.
A estrela continua no Mesmo lugar
Eu esperando a noite passar.

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de Junho de 2020 06:53
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 20

Comentários3

  • Hébron

    Lindo poema, meu amigo!
    Os elementos e as descrições nos levam para essa quieta noite...
    Muito bom.
    Abraço

    • Carlos Lucena

      A poesia tem esse efeito. Nos faz participar da cena. Abraço!

    • Roseli Furini

      não tem como ler seu poema, sem se colocar como personagem central dele, adoreeei!

    • Carlos Tavares

      Adorei, Xará, poesia na veia



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