Amanda Santoro

Nós, talvez, sós.

Te escrevo para que, talvez, um dia, se torne rotina.
Você chegou, eu não te esperava.
Não sabemos muito um do outro. Tão pouco, um sobre o outro.
Minha curva no tempo, minha vírgula em dias fugazes. Meu desvio em meio ao caos.
Teu sorriso me invadiu, mas tua mão me ganhou. Com um toque me levaste contigo.
Te vi de repente, ao acaso, por acaso, em reflexo, a meia luz, te encontrei.
Tarde demais, longe demais.
Vidas opostas, caminhos cruzados, estradas vizinhas.
Te encontrei.
Tento, inutilmente, descobrir ou perceber, em qual parte da tua rota eu encaixo o meu caminho.
Sigamos. Cada um a seu modo, e tempo.
O tempo não espera acontecer, ele sutilmente se impõe e, posto, sigamos.

  • Autor: Mandy Santoro (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de Dezembro de 2022 10:34
  • Categoria: Carta
  • Visualizações: 13


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