Victor Severo

À espera da chuva.

A chuva que aqui não pousa.

Para molhar nossa tristeza.

O abraço de adeus.

Que ficamos nos devendo.

O que pensávamos ser.

Orgulhosos enganados.

O vento que recita nosso nome.

Entardece e a mãe terra.

Se prepara para deitar-se.

E sonhar sonhos.

Que eu e você.

Não somos dignos de sonhar.

Juntos ou separados.

O sol que aqui fez morada.

E nos fez prisioneiros.

Dessa vida seca e quente.

Que nos envelhece.

Áridos e ávidos.

De saber o que é amar.

  • Autor: Victor Severo (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de Dezembro de 2022 09:29
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.