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Tanto zelo espalhado por essa casa,
entre buscas e desencontros, entre momentos.
Tarda o dia, minha solidão me embala, se revela!
Sou! Não ouso nesses silêncios, nessas noites!
A tristeza me convence nessa ausência. Embriago-me.
Tece teias nessa saudade, nesses cantos, entre paredes!
Ah, esse meu mundo louco, ensimesmado!
A vida é curta, ainda mais agora, envolto nessa velhice!
Ah, essa vida fugaz, esses devaneios, essa concretude!
Medo? Medo é o que temos sempre! Sempre! Sempre!
Tanto zelo espalhado pela vida, pelas noites, nessas esquinas.
Aventurar e escutar o clamor do que silenciamos!
Talvez seja tarde para sonhos, para trilhar novos caminhos!
A felicidade existe, pulsante, em gotas...
Somos tolos ao idealizarmos amores!
Os amores são feitos de retalhos, de momentos...
Quero ser um amante, um amigo! Ser, simplesmente!
Calar-me entre músicas e desejos! Amanhecer!
Anoitecer entre vinhos, poesias e jardins...
Talvez esquecer dos meus zelos, encher-me de lembranças...
Fugaz são os dias, deixando pegadas, deixando imprecisões!
Sempre fica um legado, muitas contradições, muito sarcasmo.
Essa é a vida entre perdas, entre tristezas e alegrias, entre pedras!
Desprovido, apesar de todos os sonhos e zelos, sigo meu caminho!
- Autor: JTNery (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de dezembro de 2022 19:02
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 10
Comentários1
Entre feiuras, belezas, perdas e tristezas, a vida segue seu curso inexorável. Portanto nos cabe segui-la. Belo poema.
Oi, boa tarde.
Muito obrigado.
Um grande abraço
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