Olhos que contemplaram primaveras,
Cobertos por névoas passageiras,
E nas almas, luares de outras eras,
Seguiam nossas sombras nas ladeiras...
Pelas noites frias e severas,
Que deixavam no semblante as olheiras,
Foram caindo as lágrimas sinceras
Num caminho de pálidas roseiras.
Aromais de flores quando sorriste,
Pelos ares vagaram novamente
Lembrando d'alvorada que partiste...
Uma calada tarde de agonias,
Revelavas nas sedas do poente
O caminho solitário que tu ias...
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 27 de novembro de 2022 16:01
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
Comentários1
Um poema emblematico,sóbrio mas denso,resgata um momento vazio,exudando abandono. Humano,muito humano. Aplausos!
Obrigado pelo comentário. Boa tarde.
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