As Quatro Estações

Roberto Ornelas

As Quatro Estações

 

O Inverno quando chegar, quero está ao seu lado, te protegendo e te aquecendo do frio intenso, segurando as suas mãos geladas e enrugadas, serei a sua lareira para aquecer seu corpo frio,

as suas noites ficarão tão exitantes, que de tão quentes que se tornará o Verão, então, tirarei suas vestes para 

te refrescar, te admirar, quero você como veio ao mundo, nua e linda.

Talvez lhe dê palmadas para que você chore e eu ouvirei atento os seus suspiros e soluços, depois tomaremos banho na chuva passageira de verão, brincaremos de esconde-esconde, rindo e nos tocando, e exaustos sentaremos na grama à espera da Primavera.

Nela, irei plantá-la no jardim do meu coração, você será a única flor, soberana, com sua linda cor e beleza ímpar, exalando sua fragrância única, doce/amarga do seu sexo.

O Outono não tardará a chegar para que seu fruto brote pequeno e macio, como uma maça eu o colherei ainda verde, segurando cuidadosamente entre as minhas mãos quentes, amadurecendo, porém, ele não será um fruto proibido. Eu o regarei todas as noites, derramando meu sêmen, meu leite de prazer em sua raiz.

Suas sementes serão espalhadas em meu coração.

Para que não pereças jamais.

Roberto Ornelas

 

 

 

 

 

  • Autor: Roberto Ornelas (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de novembro de 2022 06:27
  • Comentário do autor sobre o poema: O tempo que importava era o tempo com ela.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 12


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