Quando o peito bate mais que devia.
A mente pesa, os dentes se espremem.
Os pulmões respiram uma ventania.
O manto frio a coluna treme.
Os punhos cerrados.
Pálpebras a fechar.
Olhos reviram,
pernas vibram.
A necessidade de algo quebrar.
Para cada motivo de ser odiado
Quero dar mil motivos para me odiar.
Faça-me, ódio, ser condenado
Mesmo eu sendo o juiz a sentenciar.
Prosto joelhos em terra,
Proferir uma breve oração.
Rogo-lhes, entidades da guerra,
Para guiarem minha mão.
Entrego o que eu mais valorizo.
Sacrifício posto no altar.
Oferto-vos, deuses do conflito,
Venham, com fogo, levar.
Quero eu acordar amanhã
Com bem menos do que hoje possuí.
Com rancores orgulhosos no peito.
Com a paz por escolher destruir.
- Autor: gil miranda ( Offline)
- Publicado: 23 de novembro de 2022 03:02
- Comentário do autor sobre o poema: Rio de Janeiro, 15 de abril de 2020. 23:46. Poema descritivo de sentimento. Fúria.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
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