Benedito Cardoso

ANTIOFÍDICO

 

 

Quando nasceu tão pequenino, um bebê tão lindo e encantador, naquela casa tão humilde.

Recebeu carinho e proteção incondicional e muito amor.

Sua irmã, em seu colo o acolheu, para suprir uma perda materna recente.

Foi tão bem cuidado, tratado com tantos dengos e alimentado com todo o amor de mãe irmã e um dia cresceu.

Se formou e conquistou o mundo da ciência de educar.

Hoje é doutor

Ao longo de sua infância, mamãe Socorro, sua irmã, soava pelos ares de suas vozes como veludo.

Essa mãe guerreira, que tem uma história verdadeira, tão linda, que daria para escrever vários livros, dentro de um só.

Não caberia somente em uma crônica do dia a dia.

Hoje aquela criança cresceu com seu orgulho, esqueceu de tudo que lhe foi dado de graça, enquanto criança levada e mimada, bem lá distante.

Hoje a "mãe " acuada, suplica ameaçada diariamente, pede socorro, roga de joelhos e com as mãos espalmadas na fé, em sua simplicidade:

Deus, senhor da verdade, que nunca abandone essa alma desgarrada.

Um antídoto para que possa ser curado em tempo, esse coração de pedra, mal agradecido.

Essa cobra mau, envenenada pelo ar do egoismo do ódio.

 

  • Autor: Benedito Cardoso (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de Junho de 2020 07:28
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 11

Comentários3

  • Ernane Bernardo

    Um belo texto poemático, retrata a gratidão a ingratidão, o "ego" é a essência da maldição. Parabéns caro poeta, seja bem vindo a comunidade!

    Abraço!

  • Hébron

    Poema triste e dramático. E de uma mãe sempre se espera uma prece...
    Abraço

  • Sidneia Oliveira

    Poema triste e reflexivo.

    Parabéns!



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