Minha página, minha decepção.
Quando resolvi fazer minha página no Facebook, queria estar conectado, atualizado, moderno, pensei que seria um entretenimento esplêndido, onde encontraria pessoas do meu passado, parentes que não vejo há anos, até irmãos sim e porque não, amigos esquecidos e distante neste labirinto da vida, que algumas vezes vem a nossa mente via saudade ou por pura curiosidade, como estarão? Onde andam?
Com o tempo fui percebendo as nuances das pessoas, seus defeitos, suas virtudes, seus valores morais, seu afastamento e distância proposital, seu orgulho supremo, alguns destilando seu veneno maroto, suas ironias e indiferenças ou seria diferenças.
Admito que também optasse destes estratagemas, não queria, mas por vezes é necessário, damos uma resposta ao vazio, o oco, o nada, a uma amizade supérflua.
Certa vez uma pessoa me disse:
- Nós só nos encontramos em enterros!
Não me esqueço destas palavras.
Parece que vai continuar assim, e olhe lá.
Eu não vou a velório há anos.
- Autor: Roberto Ornelas (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 10 de novembro de 2022 08:45
- Comentário do autor sobre o poema: Criar expectativas em redes sociais, um erro grande. Todos continuam estranhos.
- Categoria: Conto
- Visualizações: 9
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