Carlos Lucena

BREVIDADE

BREVIDADE

Venha
Venha correndo
Não espere
A sutileza dos relógios
Nem o sol baixar
Não espere a tarde chegar
Não espere o dia
Se esconder no horizonte
O dia é rápido
A noite é só um momento
As horas trotam
Em cavalos alados
Porque os segundos voam como as borboletas do dia
E as mariposas noturnas.
Apresse - se!
Não espere
O trem dos anjos
De braços cruzados
na estação
Não deixe que a última estrela
Seja cadente.
Nem permita
Que a última flor
liberte suas pétalas
Ávidas
Cálidas
Sem que antes sejam
Perfume
Lume
Amor.
A flor é breve
A trem é breve
Não espera ninguém Mas não esquece ninguém!

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de Junho de 2020 19:32
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 9

Comentários2



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.