Reis
Sou rei de duas terras
uma pra dar, outra pra vender,
mas todas elas de bons frutos
e bom sol - quente e fagueiro.
Nao quero mais terras, nem ser rei!
Cansei das duas coisas.
Como se cansa de andar.
Pra que quero tudo isso
se não tenho mais ninguém
pra nela frutificar?
Os homens levaram minha
espada e meu coração.
Deixaram um vazio tão grande
sem elo, mas vazio de paixão!
Corpo
Passeio nos corpos à volta
da serenidade,
mas
são todos vazios e a procura do
que não acham,
não acham porque estão
à sua frente !
Sou forte e grosso, pronto pra revidar.
Passeio no corpo de minha vila
e remo em seus arcabouços uma canção eterna.
Ora tal! Se existe!
É o amor
mas nos corpos dos outros
que estão apenas de passagem e nunca
provaram o verdadeiro suco delas!
E, por isso,
amor lá nunca vai chegar!
Corpo Sem Falas
Fugaz são as coisas passageiras
e eu estou cheia delas.
Uma hora me levam, outras
me tomam,
tudo cercado por regalias do céu.
Não vivo mais no passageiro
porque isso me levou do caos,
aos sem classe.
Hoje sou instrumento sem corda,
uma grande orquestra sem música.
Mas dá pra duvidar ?
Seria a hora de errar?
Porquê logo resolveram me levar?
Que mundo é louco
que me passa rente,
com de afiadas
barbatanas
lindas e preciosas,
mas que vão morrer
logo ali na
frente !
- Autor: Jose Kappel ( Offline)
- Publicado: 8 de novembro de 2022 06:40
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.