... E VERSA-SE UM SONETO

... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol



... e versa-se um soneto arruelado

Na vil saudade, num gesto amargo

O coração com sentimento calado

E versos dispersos deixado ao largo

 

... e versa-se um soneto tão letargo

A alma ansiando tudo compassado

E a solidão infundindo o descargo

Mais do que deve, o pesar, atado

 

... e versa-se o soneto sucateiro

Nos suspiros do querer esquecer

Custe o que custar, teimosamente

 

... e versa-se um verso do madeiro

Da crucificação do soneto a sofrer

Chora o verso, queixa, inutilmente!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

25 outubro, 2022, 21’19” – Araguari, MG

 

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado



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