Acabou. Tudo findo .
Não há mais canto
Nem sorriso lindo!
Não há mais quimera!
Morre o sonho,
Finda a primeira!
Desfez-se o elevo.
Rasgou-se os versos
Que compus um dia,
Emudeceu-me
Na alma a lira,
E o coração
Desalentado suspira
No ultimo ato
Que sepultou-me
O lirismo , a inspiração
E a poesia!
- Tudo findo, louca Safira,
Desce a cachoeira ,
Não te iludas!
É morta a esperança!
Joga o pranto
Na cabeceira
Do leito
Da dor
Que no peito
Dorido aflora
Quando lá fora,
Desvanece o fulgor
De outrora!
E só a tristeza,
Nesta quadra
Tão dolorida
Da vida,
Nos é, louca Safira,
Irmã e companheira!
Tudo findo!
Não há mais canto,
Festa e alegoria,
Morreu no leito
Da lembrança
A fantasia ,
Toldando o encanto,
A esperança
De um duradouro idilio
Que eu pensava viver,
Mas era ilusão
No entanto.
A nostalgia
Que no meu peito
Se aninha,
Faz- me ver
Como eu fora tolo!
Um louco,
Ao achar, Safira,
Que era muito,
As migalhas, o pouco
De carinho
Que sempre me dedicara.
Mas acordei. Nunca fui seu.
Nunca foste minha!
Comentários1
Nossa que belo! Tão sentidos versos, caro poeta Jucklin Celestino Filho!
Abraços!
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