Roberto Ornelas

Zoom

Zoom 

A vejo no seu quarto se preparando para seu banho matinal, fico daqui da minha janela do meu quarto te desejando, toca uma música no rádio, a quero como fundo musical para este momento, vê-la se despir, sua delicadeza ao tirar o babydoll me deixa ansioso, por um instante olha-se no espelho, está linda, me afasto um pouco da janela com receio do meu reflexo no seu espelho ao longe possa me revelar, começa a tirar vagarosamente o sutiã, eu aumento o zoom, ela deixa amostra os belos seios com as marcas do sol, lindos e imponentes, parece que o frio desta manhã ainda os deixou mais bonitos, fico deslumbrando aquela cena, como desejaria tê-los ao meu alcance, parece tão perto, quero acariciá-los, beijá-los, sugá-los…

E a música nos meus ouvidos entrar em cumplicidade com a sua imagem e meus pensamentos, ela se curva para o momento sublime, senta-se na cama e retira a calcinha minúscula aos poucos, bem devagar, pra mim um ritual erótico, sensual, deixando quase amostra seu glúteo moreno, levantando em câmara lenta mostrando um bumbum lindo…como deve ser quente, pensei. Aumento o zoom, não vou me conter de tesão, olha-se mais uma vez no espelho, meu coração está acelerado, em descompasso, quase obstruindo minha respiração ofegante, um nó na minha garganta se forma, respiro fundo e engulo um seco.

Me afasto de novo da janela, não quero ser descoberto, parece que ela rir e faz pose com sua imagem refletida no espelho, esplêndida, concentro meu foco, com suportar tal visão, quero sentir seu corpo… todo esse caprichosamente escultural e queimado pelo sol é tentador. Começa a chover finamente, por que logo agora? A música continua a tocar, ela caminha deliciosa até o janelão e para minha surpresa sai na varanda, mostrando seu corpo por inteiro, sinto um fio de suor escorrega pela minha testa, revelando meu grau de ansiedade, chego a lamber meus lábios de excitação, deslumbro o seu fruto do desejo pequeno, escondido sob seus poucos pelos entre suas pernas.

A chuva revela uma linda fenda que se desenha me deixando mais eufórico, mais zoom, mais zoom, ela olha a chuva despreocupadamente molhando seus cabelos negros, abre os braços e se diverte com os pingos caindo em seu rosto, que escorre pelo seu corpo num banho delicioso e inesperado na chuva, passava a mão pelos seios duros com seus bicos pontiagudos e talvez arrepiados, desce abaixo do umbigo, levemente passa a mão na sua vulva acariciado lhe e a escondendo quase provocativa, zoom  estou mais perto, estou em êxtase.

Ela dá um sorriso meio malicioso e enigmático, perecendo me ver, diminuo o zoom instintivamente, a chuva fica mais forte, mais ela continuar se deliciando com este momento maravilhoso, parecendo uma criança, por um momento a perco de vista pela intensidade da chuva obstruindo minha visão, o meu espetáculo, o meu prazer, só um vulto andando de um lado para o outro alegremente, parece dançar ao som da música, como desejaria estar ai dançando nu, agarradinho contigo…

A chuva vai perdendo a intensidade, chuva de verão, mais não consigo vê-la, o brilho do sol forte e repentino forma um arco-íris que desce bem acima de sua varanda, ofuscando minha visão que aos poucos vai se acostumando, zoom, consigo vê-la penteando os cabelos ainda nua na varanda, sua cor morena se mistura com as do arco-íris formando uma rara imagem de beleza, brilho e esplendor. Seu olhar fixo me descobre, me sinto um pouco envergonhado. Ela sorrir, entra, fecha janelão todo de vidro e abri as cortinas, se jogando descontraída na cama, parece escrever num diário, deixando seu belo glúteo moreno exposto e convidativo.

Para entrada de meu Zoom.

  • Autor: Roberto Ornelas (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de Outubro de 2022 11:31
  • Comentário do autor sobre o poema: Uma fantasia criada num relacionamento a distancia, que não poderia acontecer.
  • Categoria: Erótico
  • Visualizações: 4


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.